quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Leitmotiv

A população da cidade de Braga tem um grande desconhecimento sobre a origem da sua cidade, das ruas onde moram, dos locais onde passeiam.
A Cidade não existe sem a População, a População é a Cidade, ora se a População não conhece a sua história então a Cidade não tem memória.
Um ser sem memória, principalmente uma cidade, é um receptáculo vazio. Um ser que não sabe de onde veio não pode saber para onde vai.
Por essa mesma razão, a história de uma cidade é de crucial importância, a Cidade sofre com os erros da População e só se a População souber os erros que foram cometidos pelos seus antepassados é que pode evitar voltar a cometê-los danificando a Cidade.
A Cidade de que falo é Braga, a População a que me refiro somos nós os Bracarenses aqueles que moramos, trabalhamos, vivemos em Braga, aqueles dos quais a Cidade depende para tomar as decisões correcta para o seu funcionamento, dos quais depende para ter memória.
O nosso trabalho recai sobre esse mesmo ponto, a memória. Tentaremos divulgar a Braga esquecida por grande parte dos Bracarenses, divulgar aquilo que se faz de cultura na Cidade, trabalhando do antigo para o actual, investigando o que é mais antigo, o que de histórico tem esta velha cidade, que em tempo foi Bracara e que ainda se mostra Augusta e também divulgar o que a história fará memória daqui a anos, pois só assim a Cidade não será apenas um receptáculo vazio, mas será o ser completo e capaz que merece ser e que nós necessitamos que seja, pois se a População é a Cidade o contrário também se verifica.
Estudando o que nos propomos, propondo a outros conhecer o que estudamos, pretendemos enriquecermo-nos e enriquecer os outros, tal como faziam os velhos contadores de histórias, enquadrando o nosso trabalho também nesse grande objectivo que é alertar as pessoas para a cidadania - a máxima expressão de respeito que uma população pode ter pela cidade.
A necessidade dessa cidadania é o leitmotiv do nosso trabalho, o motivo fulcral ao qual dedicamos o nosso esforço. A educação para a cidadania só pode ter sucesso se as pessoas perceberem que têm motivo para respeitar a Cidade e após essa percepção aperceber-se-ão de que só respeitando-se entre si, só se a População se respeitar a si mesma como uma unidade, é que se respeitará a Cidade à qual a história aclama respeito.

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